História de Juázeirinho

 

TOCA DO AMÉM:
JOÃO VITAL GUEDES - TRIBUTO A UM GRANDE HOMEM
Homenagem de Toca ao Senhor João vital Guedes.


A comunidade de Juazeirinho teve muito que comemorar no dia 28 de Dezembro de 2011, data que o Sr. João Vital Guedes completaria 92 anos de idade. Diante disso, venho prestar minha simples homenagem ao meu caro e eterno amigo. .
Da terra nascem os homens, João Vital foi um homem que viveu vocacionadamente marcado pelo devotamento e pelo amor à sua terra. Foram anos repletos de muita história, cultura, integridade e acima de tudo de amor aos seus conterrâneos.
A sabedoria, a cultura e o equilíbrio do Sr. João, causava extraordinária admiração a todos aqueles que tiveram a satisfação de conhecê-lo. Nunca cursou nenhuma faculdade, mas aparentava ter conhecimentos superiores a de muitas pessoas formadas.
Infelizmente, o tempo e o espaço não me permite transmitir tudo aquilo que seu João Vital representa para mim e principalmente para Juazeirinho.Tive o privilégio de conviver e realizar inúmeros projetos em parceria com o velho amigo, colhi muitas palavras amigas que seu coração amigo e bom deixou cair na estrada da vida.
Relembro com saudades o ZÉ PEREIRA, onde saíamos na madrugada do sábado de carnaval, pelas principais ruas da cidade, saudando a todos que abriam suas janelas para saudar o Zé pereira ( ele vestido a caráter de Zé pereira ). O aniversário da sua irmã Iaia Vital, outra amiga com quem aprendi muito na caminhada religiosa. Organizamos inúmeros desfiles da independência e aniversário da cidade, onde sempre contávamos com a contribuição da amiga Rosa Lucia e do amigo Abel Costa. Vale ressaltar que nunca tivemos o apoio do poder público.
Enfrentamos muitas adversidades para levar um pouco de cultura a nossa gente. Uma das suas maiores contribuições nesta área e que certamente tornou-o imortal para Juazeirinho, foi a idealização do Museu Cultural Manoel Vital.
Lembro-me bem da sua preocupação para conseguir peças para o Museu, neste momento eu estava como secretário pastoral e administrativo da Paróquia São José. Diante disso, falei com os demais conselheiros e com o Padre Possiano para que doasse a sarafina, o confessionário de madeira e o sino grande, os quais já não eram mais utilizados nos ritos da igreja. Assim, todos aprovaram a doação. Senti a satisfação no rosto dele quando informei a noticia, pois seu João tinha aquele museu como um filho querido.
Infelizmente,hoje, o Museu Cultural Manoel Vital não tem o apoio que merece. O sonho de seu João era prestar as crianças e os jovens estudantes o resgate da história de Juazeirinho.
Vivi momentos importantes da história de Juazeirinho ao lado do amigo João Vital, para mim ele será sempre uma doce lembrança e uma grande recordação. Para homenageá-lo, não poderia deixar de fazer essas recordações de uma época já distante, afim de que através da analogia dos diferentes tempos, seja possível avaliar a verdadeira dimensão e grandeza do aniversariante. Legitimo exemplo de vida, inteligência viva desta terra! Parabéns grande guru.


JOÃO VITAL GUEDES – 28 -12 – 1918 - 28 – 12 – 2012 = 92 ANOS


Antonio Batista de Lima Neto – Toca – Amém e Aquele Abraço!

 

 

 

TOCA DO AMÉM:
MORRE O HOMEM FICA A HISTORIA - 26 ANOS DE SAUDADES DO PROFESSOR LEOMAQUES

Leomaques Francisco Silva, filho de Francisco Severino Sobrinho(Chicó) e JosefaHelena Silva(Zefita)
nasceu no dia 22 de Outubro de 1949, faleceu no dia 21 de junho de 1985 com apenas 36 anos de idade. Formou-se em economia pela Universidade Federal da Paraiba (UFPB), mas o seu ideal era fazer Direito, o qual já estava no terceiro ano do curso Jurídico, porém a morte o tolheu desse sonho.

Foi um adolescente muito persistente e força de vontade nunca lhe faltou. Em 1971 já ensinava Português e Educação Física. Tornou-se em seguida instrutor da Banda Marcial do Ginásio comercial e, com isso ,ficou à frente da organização dos desfiles de 7 de Setembro; por vários anos, em Juazeirinho e Cidades Circunvizinhas.
Na década de 1970 foi nomeado Diretor do Ginásio Comercial Manoel Vital, em Juazeirinho, e do Colégio Luiz de Miranda Burity ,da Cidade de Soledade. Estas nomeações premiava todo um trabalho de amor e lealdade às referidas unidades escolar. Além disso, em 1973 fundou com Dona Zalita Matias um Colégio na Cidade de Assunção.
Tornou-se, também, Professor dos seguintes colégios: Paraibano, Juracy Palhano, Curso Delta e Paulo sexto, todos estes em Campina Grande-PB.
Pensando na Juventude e preocupando-se com ela, principalmente os universitários, idealizou com os seus amigos a Associação Universitária de Juazeirinho.
Foi um grande baluarte pelo engrandecimento do futebol de Juazeirinho. Fez parte do famoso Guarany Esporte Clube, onde com amor e liderança desenvolveu um trabalho que trouxe grandes conquistas.
Desde que foi escolhido o melhor professor da Escola Cenecista Manoel Vital, Leomaques achou que podia fazer mais. Candidatou-se a Vereador pela Arena no pleito de 1972, foi eleito com apenas 23 anos de idade, tornando-se um dos mais atuantes vereadores que já passaram pela casa José Cosme de Oliveira. Em 1976 candidatou-se a Prefeito e seu lema já dizia tudo “Leomaques, a Salvação”. Numa luta inglória no meio de lombos e ainda mais contra o forte poder econômico que sempre predomina nas campanhas eleitorais, foi derrotado nos votos mas não no idealismo, perdeu nas urnas mas não perdeu a esperança , não abandonou a luta, não deixou de sonhar com uma Juazeirinho melhor.
Uma das suas maiores contribuições foi a idealização do Jornal A GAZETA DO CARIRI. Um Jornal feito de Juazeirinho para Juazeirinho e para a Paraiba. Ele afirmava: “Este órgão não mais pertence sequer a seu fundador, é hoje, na atingência dos seus objetivos o recurso e a via mais aberta para manifestação rejuvenescida de um povo e de uma região que vivia submersa em doloroso e desalentado silêncio.
Professor, economista, jornalista, desportista , estudante de direito e principalmente amigo, Leomaques faleceu em 21 de Junho de 1985, com apenas 36 anos de idade, deixando uma grande lacuna aberta no meio intelectual e Social.
ASSIM FOI A SUA VIDA, SUA LUTA.,POR NOSSA TERRA E NOSSA GENTE
 

TOCA DO AMÉM:

COISAS DA NOSSA TERRA
RÁDIO COMUNITÁRIA JUAZEIRO FM 87,9. 10 ANOS NO AR
Org.: Associação Comunitária São José - Amém


A fundação da rádio teve inicio com o Sr. Francisco Xavier ( Pitu ), eletrônico muito inteligente que montou um pequeno transmissor e colocava no ar uma rádio chamada pirata em pequenas distâncias, sempre as escondidas. Antonio Batista (TOCA) Ligado ao mundo da informação assistia a TV senado, viu os debates sobre rádio difusão comunitários e procurou saber todos os detalhes. Sabendo que Pitu se interessava pelo assunto, Toca o convidou para juntos idealizarem a primeira rádio da Cidade. Diante disso, o sonho estava ganhando consistência, pois Toca era o responsável por todo o trabalho burocrático, enquanto Pitu se encarregou da parte técnica. Toca Diz: - tivemos que trabalhar durante muito tempo sigilosamente, pois havia o temor de algum político querer intervir e ameaçar o nosso sonho. Enfrentamos inúmeros obstáculos até a conquista definitiva da concessão, pois não tínhamos nenhuma estrutura financeira nem política, apenas o apoio da comunidade. No dia 10 de setembro de 1998 Toca fez a solicitação ao ministério das comunicações através de requerimento para explorar o serviço de rádio difusão comunitária, o que aconteceu através da portaria de 25 de abril de 1998 e Decreto legislativo nº 2.615 de três de Junho de 1998. Através de campanhas, junto à comunidade, conseguimos comprar alguns equipamentos e colocar a rádio em funcionamento, com o nome Rádio Comunitária do Amém. Foi aí que em conversa com o meu amigo e conselheiro João Vital Guedes que surgiu a proposta de registrar a rádio com o nome de FM RÁDIO COMUNITÁRIA JUAZEIRO 87.9. Portanto, foi idéia do saudoso João Vital o nome JUAZEIRO FM. Passamos a funcionar com uma licença provisória. Mas finalmente o nosso sonho se concretizou no dia 04 de maio de 2000, recebemos do amigo Dr. Neto Rangel, que se encontrava em Vitória de Espírito Santo, o seguinte fax: Prezado amigo Toca, graças a Deus a sua luta teve êxito,valeu a pena o esforço, seu sonho tornou-se realidade. Agora é trabalhar para prestar a informação e levar alegria ao povo da nossa terra. É importante também tomar cuidado com os aproveitadores, que certamente vão aparecer, é necessário também afirmar, que nenhum político Federal, Estadual ou Municipal teve nenhuma participação nessa conquista, ela é sua e da Comunidade São José de Juazeirinho até breve Neto. Isto é, o nosso projeto acabava de ser aprovado pelo congresso nacional. Faço das palavras de Dr. Neto as minhas palavras, não devemos realmente nada a nenhum político, pois a única ajuda foi a do povo. Hoje a Rádio é reconhecida de Utilidade Pública, da vez a todos que não tem vez e nem voz, sem distinção de sexo, cor, religião e política partidária. Sendo hoje uma das tradições culturais do nosso município.


Antonio Batista de Lima Neto
Diretor Presidente

Geraldo Vital

Primeira eleição disputada em Juazeirinho

10/01/2012 - 09:04 (11 visualizações)
Era o ano de 1959, veio à primeira campanha eleitoral do município, começava naquela oportunidade a disputa pelo poder.
O poder reduz a distância entre o desejável e o possível. Quanto maior o poder, menor à distância. Para muitos.
O poder é a suprema ambição, há homens que, fora do poder sentem-se terrivelmente humilhados, expulso do Olimpo dos deuses.
Assim dizia FREI BETTO, escritor, em seu artigo sob o título (PATOLOGIA DO PODER) No primeiro embate eleitoral apresentava-se Dr. GENIVAL MATIAS, oposição. E o Sr.SEVERINO PASCOAL DE OLIVEIRA situação.
A vitória de Severino Marinheiro, como era mais conhecido, foi por uma diferença muito pequena (109) voto, sendo seu companheiro de chapa eleito, Manoel Felix Barros.
Os primeiros Vereadores eleitos foram: Severino Matias de Oliveira UDN – Francisco Antonio da Nóbrega PTB – Nilson Máximo de Oliveira UDN – Oscar Natanael UDN – Porfírio Elias da Cunha PSD - Francisco Cosme de Oliveira PSD e Antonio Colaço da Silva PSD.

 

Incêndio criminoso em Juazeirinho

31/12/2011 - 19:49 (485 visualizações)
O fato aconteceu em dezembro de1947
Há exatamente 64 anos, houve o registro de um incêndio de grandes proporções, na Avenida principal da cidade.
Era madrugada, a população foi despertada pelas explosões de fogos de artifícios (foguetões) . O estabelecimentocomercial de nome “ EMPÓRIO DA ESPIGA “, de propriedade do Sr. Manoel Vital estava em chamas.
Toda a cidade estava alerta, testemunhando aquele drama. Eu e meu paicaminhamos até o local e fomos surpreendidos com aquele quadro dantesco. Já naquela hora só restava os destroços,até o teto havia desabado.
Os amigos voluntários se despuseram a carregar agua em latas de vinte litros, um entregando ao outro e jogando nas chamas. Era um vai-e-vem de pessoas retirando agua de uma cisterna que existia nosfundos do terreno da Loja.
E o pessoal fez o papel dos bombeiros, ficava em cima de um telhado existente as paredes do prédio em chamas.
No interior costuma-se construir este tipo de reservatório para apanhar agua das chuvas que são canalizadas em calhas ou bicas e desta maneira o líquido precioso serve para atender as necessidades.
Com a solidariedade do povo , naquele esforço tremendo, o fogo foi debelado e com a ajuda de Deus, nenhuma vítima e o fogo não se propagou para as casas vizinhas.
De um lado o HOTEL PEREIRA do Sr. Francisco Máximo, do outro a CASA SANTA TEREZINHA de José Vital Guedes, seufilho, que tinha uma bomba de gasolina removível e comerciava com peças de automóveis.
Não muito longe do sinistro, havia bomba de gasolina de José Pascoal. O perigo era iminente, a preocupação da população era a propagação do fogo que poderia ter provocado prejuízos incalculáveis.
O estabelecimento era um empório comercial com tecidos, miudezas, ferragens, louças, perfumaria, sapatos, artigos de papelaria, FOGOS DE ARTIFICIOS entre outros, tornando-se materiais de fácil combustão em poucas horas.
O dia amanheceu, nada mais restava a fazer, a não ser as providências de reerguer o que fora destruído. Não havia qualquer dúvida que o incêndio fora
criminoso. Houve um roubo, levando toda a mercadoria e ateando fogo no que restou para figurar um circuito elétrico ou coisa que o valha. Não se tem ideia do valor do prejuízo.
O Sr. NECO como era conhecido na cidade havia chegado de Campina Grande onde pagou todas as suas dívidas e comprou tecidos em grande quantidade, que nem chegou a coloca-las nas prateleiras, ficando embaladas em fardos para conferência no dia seguinte, o que não aconteceu.
As firmas comerciais de Campina Grande tomando conhecimento dos fatos, mandaram seus viajantes a Juazeirinho para oferecer seus préstimos aos Sr. Manoel Vital e com aquele gesto levantar a moral e tocar a vida, oferecendo-lhe o crédito e as condições para uma nova etapa.
Foi Construído um novo prédio, isto com ajuda do filho José Vital Guedes (sinhosinho) como era mais conhecido, foi montada uma moderna estrutura, como balcão, prateleiras e vitrines, dando uma visão mais moderna.
Com isso, recomeçar a vida , depois de mais de 40 anos de luta, tudo foi pelos ares. È como diz o ditado:Vá os anéis, fiquem os dedos, apesar da idade do Sr. Neco Vital, ele não perdeu a calma e falava assim: isto é da vida.
Vale salientar que o Sr. Manoel Vital, quando ainda na mocidade, deslocou-se da regiãodo Brejo,  Esperança, nas proximidades de  Areia e foi  para o Carirí, região onde fica Juazeirinho e lá foi que começou a sua luta até chegar a se estabelecer no comércio local que prosperou. Foi um dos fundadores da Vila denominada Joazeiro sob o domínio de Soledade.
Casou-se Com a Sra. Idalina Guedes Bezerra que deste enlace tiveram cinco filhos. (todos já falecidos). Ficando viúvo, casou-se pela segunda vez com a SraInacia da Costa lima que tiveram vários filhos e ficaram sete, todos ainda vivos.
Seu Manoel Vital era pessoa muito querida na cidade, entusiasta, batalhador pelas causas justas, deixou muitos amigos e muitas saudades.
Era religioso por excelência, e costumava ser o leiloeiro nas festas do padroeiro da cidade (S.JOSÉ) e fazia o pregão dos objetos doadosa igreja com renda para a paróquia.
Assim foi a sua vida, a sua luta, faleceu em dezembro de 1959.
Por Geraldo Vital:
 

 

Primeiro aviador paraibano faz proeza histórica em 1939



O Jornal “O GLOBO” em edição extra, do dia 2 de Janeiro de 1939 publicava na sua primeira página a seguinte manchete: INTERDITADO O AVIÃO MALUCO
UM HISTÓRICO QUE SE TORNOU EPOPÉIA

Severino Nogueira, Paraibano da cidade de JUÁZEIRINHO-PB, em 1933 com 27 anos, sempre sonhou em ser aviador, foi para o Rio de Janeiro para tentar o curso de piloto, naquela época, a aviação brasileira praticamente não existia, as poucas aeronaves eram da PANAIR DA AIR FRANCE E DA CONDOR, que formavam os seus pilotos no exterior e fez o seu curso de piloto no Rio de Janeiro.

Com a interferência do Ministro de Viação, na época, Dr. JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA, que o apresentou ao Comandante da Escola de pilotos militares, o então Major da Aeronáutica Henrique Fontinelli, solicitando ao Ministro que o seu candidato freqüentasse e concluísse o curso de piloto naquela escola de formação entre 1933 /1935, quando foi para São Paulo para o estágio final do curso.

Era o primeiro paraibano a ser piloto civil cujo brevê obteve o número 94.

Recebeu a carta de piloto de aeronaves de recreio e desporto. Voltou para Campina Grande. Ser piloto sem aeronave não havia sentido, passou a se corresponder com vendedores dos Estados Unidos, e acabou fechando negócio, efetuou a compra por 1.850 dólares, equivalente na época a trinta e quatro contos de reis.

 A encomenda foi enviada para Recife e ele mesmo fez a montagem do avião em Boa Viagem.

Vale ressaltar que o genitor do aviador, Sr. José Felismino Nogueira, na época era farmacêutico, e proprietário de uma Usina de beneficiamento de algodão e exportação para Campina Grande-PB, um dos fundadores da cidade de Juázeirinho. E economicamente realizado.

De Boa Viagem, Severino Nogueira decolava mo seu TAYLOR e sobrevoava o litoral. Testava os equipamentos e certificava-se da velocidade e autonomia de vôo.

Sentindo-se apto a viagens mais longas, efetuou uma decolagem com destino a sua cidade natal, Juázeirinho, no cariri da Paraíba, tendo lá um pequeno campo de pouso por ele construído, retornando então a João Pessoa para teste.  Numa dessas viagens ao cariri, levava um convidado, o Sr. Boanerges Barreto, e sobrevoando a cidade de Soledade, foi quando o piloto notou que o combustível estava no fim, e o recurso foi pousar no meio da rua, a principal e larga para aquele tipo de emergência.

Onde havia o combustível? 

Quem o socorreu foi o Sr. JOCA MOTA, dono de um caminhão da cidade de Taperoá que estava naquela cidade no mesmo momento, cedeu o combustível e momentos depois, ele decolava com destino a Juázeirinho, que foi recebido festivamente.

O piloto Severino Nogueira, ainda procedeu algumas adaptações na aeronave, como sistema de carburação, tanque auxiliar de combustível, sistema de velas entre outras coisas de caráter mecânico, que diferenciou a originalidade da aeronave. Já com certa experiência acumulada em vários vôos e confiança na sua prática e competência, idealizou uma viagem ao Rio de Janeiro para tratar de negócios particulares

Em 25 de dezembro de 1938, partia de Campina Grande-PB, o aviador Severino Nogueira em um avião teco-teco, prefixo PPTCK modelo “TAYLOR” com destino ao Rio de Janeiro, com escalas em João Pessoa e no dia 26 voaram para Recife onde pousaram no campo de Tigipió.

Após uma revisão completa, estava tudo pronto para decolagem. Existiu no momento um impasse.

A polícia marítima impediu o vôo, pois suspeitavam de algum plano político em face da ditadura naquela época, porém o pessoal do exército que conhecia o aviador solucionou a questão com a intervenção do Dr. Jacy Toscano junto a Aeronáutica e no dia seguinte 27 de dezembro teve início à viagem histórica para o Rio de Janeiro com escala em Maceió.

Voava sobre o litoral numa altitude entre 1.000 e 1.200 metros. Como não tinha pressa de chegar ao destino, Rio de Janeiro decolou rumo a capital alagoana, daí em diante pernoitou em Maraú, Salvador.

Depois de atravesssar o Rio S.Francisco, houve uma pane na aeronave, desprendera-se uma vela do motor, ficando enganchada nas engrenagens e caiu na areia da praia. Não havia peça para recompor, pousou na beira-mar, por muita sorte achou a vela, recolocou, fez os testes iniciais e decolou sem problemas. Voava a 100 km Por hora com autonomia reduzida seguio para Caravelas, Vitória e Campos no estado do Rio.

O aviador/mecânico criou um tanque auxiliar com uma lata de gasolina adaptada no interior da aeronave, ligado por uma mangueira ao motor e quando o reservatório principal dava sinais de esvaziamento, abria a torneira auxiliar, essa operação era feita em pleno vôo.

A sua carta de navegação era simplesmente um ATLAS escolar e voava com a porta aberta para enxergar o solo.

Todos os jornais do Rio de Janeiro abriram manchetes para registrar a proeza de um aviador maluco, assim diziam eles, pilotando um teco-teco repleto de arranjos e emendas, acabava de efetuar um vôo histórico.

Imprensa americana também deu destaque ao feito de Severino Nogueira

O Correio da Manhã noticiou que o DAC avistou por volta de 11 horas do dia um objeto em direção ao campo, parecia um “URUBÚ” ,         lá vem se aproximando, tomou a cabeceira da pista e posou suavemente em direção ao Hangar.

Os presentes se indagavam: quem é esse doido que vem aí dentro?  Desceu um homem moreno, moço, alegre, seguido de uma mulher morena vestida de preto, o piloto cumprimentou a todos que o aguardavam, o Diretor do DAC perguntou-lhe:

                                      - De onde vem o senhor?
                                      - Eu estou chegando da Paraíba
                                      - Mas veio voando nisso aí?
                                      -Sim senhor.
                                      - Não é possível. O Senhor está brincando. Deve ter vindo de
                                         Manguinhos.
                                      - Que nada meu senhor. Eu sou da Paraíba e vim de lá. Sou Aviador há seis anos, pouso esse bichinho há mais de dois anos e nunca me aconteceu nada.

No Rio, Nogueira, o Aviador, não teve sossego, levaram-no ao Aeroclube do Brasil que foi muito bem recebido pela Diretoria e os sócios daquela agremiação, cada explicação era uma notícia. Ele informou que gastou 300 litros de gasolina e 4 litros de óleo, tempo gasto 18 horas de vôo em oito dias para conhecer as cidades e dar descanço ao motor.

Nogueira pretendia voltar a Paraíba na mesma aeronave, mas, foi convencido a não voar antes de uma revisão que lhe custaria muito caro, e como homem de negócios que era, vendeu o avião por 154 contos de reis. (Moeda circulante na época)

Nogueira não imaginava que fossem noticiar a presença da companheira de viagem, que para todos os efeitos ela se chamaria de JULIETA ALVES NOGUEIRA, com quem mantinha laços amorosos, o que gerou protestos por parte da sua legitima esposa Maria Barros Nogueira, com desmentidos através de telegramas.

Anos depois, Nogueira foi residir na Bahia onde foi proprietário da fazenda BARRO ALTO, e foi lá que faleceu com mais de 70 anos.

OBS: Este trabalho foi elaborado por Geraldo Vital, tendo como elementos algumas reportagens publicadas em jornais da Paraíba. 

Colunista destaca a Emancipação Política juazeirinhense e a posse de Joventino

 
Foto da solenidade da posse do primeiro prefeito de Juazeirinho Joventino Batista em caráter transitório, antes da eleição de 1959. Da esquerda para direita: Dr. Alberto Máximo- Dr. Luiz Bronzeado representante do Governado, Flávio Ribeiro - Geraldo Vital
Foi promovida uma campanha de divulgação do Comitê Pró Emancipação Política de Juazeirinho, que tomou corpo, cujo projeto apresentado Pelo Deputado Luiz Bronzeado à Assembléia Legislativa do Estado, recebeu parecer favorável na sua Comissão de Constituição e Justiça.
Entre outros aspectos que justificariam a medida, encontram-se a sua extenção territorial, seu maior comércio e, principalmente a sua situação econômica, desde que concorre para os cofres do município com mais de cinqüenta por cento de sua renda tributária. Adianta ter observado que Juazeirinho possui todos os requisitos exigidos para sua instalação. Estes foram os registros do Jornalista J. QUEIROZ do Jornal do Comércio do Recife, edição de 19-05-57.
Registramos também que naquele ano, fui fundada e instalada a Cooperativa Agrícola Mista de Juázeirinho, cuja orientação para a sua fundação deve-se a Genival Matias, que era naquela oportunidade acadêmico de direito e que sempre se mostrou interessado no progresso da antiga Vila de Juázeirinho. Com isso, eram públicas e notórias as aspirações políticas do acadêmico Genival Matias, por ser filho da terra, por gostar de política e a intenção de governar o município de Juazeirinho, com o seu talento de orador e estudioso.
A emancipação política foi alcançada através de Lei N. 1747 de 25 de Julho de 1957, pelo Governador do Estado Dr. Flávio Ribeiro Coutinho, cuja instalação oficial se deu no dia 27 de Outubro de 1957, desmembrando-se de Soledade e integrado por dois distritos, o da Sede e o de Tenório.
Por indicação do Senador Argemiro de Figueiredo, o Governador Flávio Ribeiro Coutinho, nomeou Prefeito Municipal de Juazeirinho o Senhor, JOVENTINO BATISTA DE AZEVEDO, que esperou por aquele prêmio mais de 40 anos. Agricultor, Criador, proprietário de algumas glebas de terra, correligionário do Senador, e seguidor da doutrina daquele político da extinta UDN por várias décadas.
Efetivada a nomeação do prefeito, esse, por sua vez começou a pensar na escolha dos seus assessores e colaboradores diretos.  Indicou para Secretário o Sr. Geraldo Vital, para o Tesoureiro Zalita Matias e para Escrituraria Marizete Guedes. Aproveitando outros auxiliares egressos da Prefeitura de Soledade.
Determinou a ida do seu Secretário Geraldo para participar de um curso intensivo em João Pessoa, sobre Contabilidade Pública e Serviços Fazendários, ministrados pelo IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal e Fundação Getúlio Vargas, que obteve a segunda colocação entre trinta candidatos. E na sua volta aplicou todos os seus conhecimentos no levantamento da contabilidade pública orientada nos padrões modernos.
A festa de posse do Prefeito Joventino Batista, foi um verdadeiro deslumbramento. O povo ansioso mostrava toda a sua vibração na praça pública pela emancipação e daquele momento em diante tornava-se independente de fato e de direito, depois de uma luta de muitos anos. O povo compareceu em massa na praça em frente ao prédio da Prefeitura, e adjacência, ficando intransitável o acesso aos que dirigiam a solenidade.
Na cerimônia de posse do Prefeito, o Dr. LUIZ BRONZEADO, representou o Governador na qualidade de Secretário de Estado, dando como empossado o Prefeito Joventino Batista de Azevedo, seguindo-se outros oradores inscritos. Como representante do Chefe da Edilidade recém empossado, usou da palavra o Sr. JOSÉ MARIA GUEDES, funcionário da Coletoria Estadual. JOVENTINO BATISTA, naquele momento, sentia que tudo aquilo sería o coroamento da sua vida político-partidária por mais de 40 anos, como aliado do Senador Argemiro, como parte da banda de música da antiga UDN. Depois de o último orador fazer uso da palavra, teve lugar à leitura da ATA DE POSSE DO SENHOR PREFEITO, pelo seu Secretário Geraldo Vital, em seguida foi feitos os cumprimentos formais ao Prefeito Joventino Batista, pelo representante do Governador do Estado e demais pessoas presentes.
O Prefeito Municipal governava ad-referendum da Câmara Municipal, por ser nomeado, começava então as primeiras dificuldades. Foi então elaborado o seu primeiro Orçamento. O Sr. Geraldo Vital com os conhecimentos adquiridos, procurou introduzir a técnica da chamada Lei de Meios, a mecânica contábil, por ser orçamento denominado conta de previsão.
Tudo que foi herdado da prefeitura de Soledade, através do Fiscal, Sr. Miguel Lucíndio, foi uma relação em Papel almaço pautado, escrito à mão, sem nenhuma lógica quanto aos quantitativos do hoje chamado IPTU. Eram valores achados ao bel prazer, sem atender ao que dispõe o chamado valor venal do imóvel etc.
Muita coisa para fazer, parcos recursos, arrecadação insignificante. Até a ajuda financeira prometida pelo Estado, para a sua instalação, foi pago em parcelas. Mesmo diante de tantas dificuldades, o Senhor Secretário consegue sob a orientação do Prefeito, aquisição de móveis, máquinas de escrever e calcular, livros fiscais, materiais de expediente, cofre, balcão, divisórias e tudo mais necessário para o funcionamento.
Pequenas obras foram iniciadas no prédio da prefeitura, como sanitários, copa, gabinete do Prefeito, Tesouraria e Secretaría. E ainda instalação da Câmara municipal com mobiliário ali mesmo construído por pessoal especializado. Assim com a chegada do Juiz de Direito, Dr. Evandro de Souza Neves, sob a sua orientação, as acomodações da Câmara Municipal serviriam para o Fórum.
O Prefeito Joventino Batista, na condição de Chefe da Edilidade nomeado, sofria aquela grande pressão política dos adversários. Procuravam a todo custo derrubá-lo, queriam o cargo para com isso montar a máquina para a próxima eleição. (prática ainda hoje usada na política de província) Chegou a oferecer um emprego no Estado de Agente Fiscal para o seu Secretário Geraldo Vital e para o prefeito não se sabe em troca do cargo o que fora prometido.
Tudo isto foi costurado e engendrado dentro do toma lá dá cá, eram as conversas dos bastidores (os conchavos às escondidas), mas, Joventino, fiel as suas tradições políticas e amigas do Senador Argemiro, recusava as ofertas, isso com o aval e os artifícios do Sr. Gerôncio Nóbrega, político da cidade de Soledade, raposa velha na política e aliado à oposição, procurava introduzir artifícios para preparação de lançamento de candidato a prefeito, tecia aquela TEIA DE ARANHA para ver o CIRCO PEGAR FOGO, se metia na seara alheia.
Mesmo com as dificuldades que se apresentava, seguindo o exemplo de outras prefeituras, o Senhor Secretário Geraldo Vital elaborou um convênio com o INL Instituto Nacional do Livro e instalou uma biblioteca, que funcionou inicialmente no antigo Grupo Escolar.
Vale lembrar que antes da emancipação do município, a vida social e política de Juazeirinho era uma maravilha, sempre predominaram as correntes UDN e PSD, sem aquelas hostilidades e ataques pessoais (coisas costumeiras no interior) e todos se entendiam e se respeitavam mutuamente. Entretanto, a sede do poder, a vontade de predominar e a vaidade humana é natural na política e no âmago do ser humano.
O EGO é impulsionado pelo poder e pela ganância e muitas vezes as amizades são colocadas de lado e as bravatas extrapolam de modo que passa a prevalecer o egocentrismo.
No próximo artigo vamos falar sobre a primeira eleição realizada em Juazeirinho
Por Geraldo Vital

 

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Juazeirinho: aspectos da sua história e criação

O helenolima.com e o blog de Rosa Gouveia tem a honra de publicar uma série de artigos da lavra de Geraldo Vital que escreve sobre a história de Juazeirinho.
Geraldo Vital é juazeirinhense da gema, porem mora em Brasilia desde a sua fundação, em 960.
Ele faz parte da familia Vital, do segundo casamento. Foi o primeiro secretário da Prefeitura de Juazeirinho na gestão de Joventino Batista, entre os anos de 1957 a 1959, quando houve a primeira eleição.
"Não me coloco como historiador, eleborei um pequeno trabalho sobre os acontecimentos políticos da cidade e gostária de vê-lo publicado neste prestigiado portal, o qual acesso todos os dias aqui de Brasília", pontua.
Portanto, iniciaremos contando um pouco dos aspectos de sua histporia e criação do nosso município.
Juazeirinho: aspectos da sua história e criação
A cidade de Juazeirinho fica situada a 200 km de João Pessoa, as margens da BR-230, entre o Cariri e o Curimataú, denominado Médio Seridó da Paraíba e fazia parte das sesmarias dos Oliveira Ledo, que desbravaram o Cariri e o Sertão Paraibano, e já haviam se fixado no Carirí em 1753, conforme documentos, com fazendas de gado. Existindo ainda hoje uma fazenda que preserva, após mais de dois séculos, o seu nome, “Ana de Oliveira”.
A fazenda Juazeiro serviu de marco inicial para o povoamento do lugar. Inicialmente, formou-se um pouso de tropeiros, em suas idas e vindas, entre o Sertão e Campina Grande, tornando-se assim parada obrigatória. Ali aconteceram as primeiras transações comerciais, em barracas improvisadas.
Desta maneira, prosperava a criação de gado bovino, caprino e ovino, os agricultores por sua vez, exploravam a cultura de milho, feijão e algodão. Então, o excedente dessa produção precisava ser comercializado, surgindo então à idéia de uma feira local, visto que Soledade ficava a uma distância de quatro léguas, o que acarretava dificuldades de toda ordem, em face da ausência de transporte motorizado.
A idéia da criação da feira teve integral apoio de vários moradores e proprietários entre eles: José Batista de Azevedo, Pedro Ferreira de Barros, Manoel Vital Filho, Avelino José e João Cunha Moreno, e fizeram um requerimento ao Coronel Claudino Alves da Nóbrega, então Prefeito de Soledade, que autorizou a feira, sendo escolhido o dia de terça-feira.
No dia 04 de Novembro de 1913 realizou-se a primeira feira que prosperou com muita rapidez. Juazeiro passou a ser o ponto de parada obrigatória, transformando-se num entreposto de comércio de gado, algodão e outros gêneros, trazendo natural progresso.
No ano seguinte, precisamente em 24 de dezembro de 1914, foi celebrada a primeira missa pelo padre José Betâmio, e iniciada uma campanha para adquirir fundos para construção da Igreja, tendo S.JOSÉ como padroeiro. Com isso Juazeiro se tornou um próspero núcleo comercial, como também um núcleo político de importância.
Foi inaugurada a primeira empresa de Ônibus em 1918 de propriedade de Manoel Ferreira de Barros, que fazia o itinerário Juazeiro- Campina Grande e em 1920 eram inaugurados os serviços dos Correios e Telégrafos, tendo como a primeira telegrafista a senhora IZABEL FERNANDES BENEVIDES.
Com a evolução da vida econômica, houve naquele momento a evolução da força política, e surgiu como era natural uma certa rivalidade entre Soledade e Juazeiro. Em verdade, era a luta política pelo poder, e as divergências acentuaram-se em 1930, entre as correntes denominadas PERREPISTAS do lado de Juazeiro, e a corrente da ALIANÇA LIBERAL do lado de Soledade, sendo esta então vencedora e o pessoal de Juazeiro sofreu as revanches dos revolucionários, fato este acontecido em todo o Estado.
Na denominada divisão administrativa do país, entre os anos de 1936 e 1937, Juazeiro figurava como Distrito de Soledade.
Em 1938, pelo Decreto-Lei Estadual N. 1164 de 15 de Janeiro, a Sede do município de Soledade foi transferida para Juazeiro, permanecendo até 1943. E tinha como Prefeito nomeado Sr. Francisco Correia de Queiroz. Quando em 31 de Dezembro do mesmo ano, o Decreto Estadual N. 520, faz voltar para Soledade à Sede Municipal, e o mesmo Decreto muda o nome de JUAZEIRO para JUAZEIRINHO.
Vale ressaltar que, diante de idas e vindas, voltando a Sede do município para Soledade o Coronel Claudino Alves da Nóbrega, mais conhecido como CORONEL DINO (PERNA DE PAU}. 
Chefe político, ardoroso inimigo de Juazeirinho, procurava a qualquer custo entravar as coisas, dificultar os interesses e o progresso daquela gente e denominava de “os mascates de Juazeirinho”, como conta em seu livro” POSTURA DE ARRIBAÇÃO” o Dr. José Demétrio que foi o primeiro Juiz de Direito da Comarca de Juazeirinho.
Dias escuros carregados de vindita, surgiram em Juazeirinho, em face de um assassinato de um moço da estima do Coronel Dino por um cabo do destacamento, fato que obrigou o Juiz, Dr. José Demétrio tomar as medidas cabíveis.
Talvez em represália a esse crime, madrugada sombria ainda foi cenário de um quebra-quebra do busto de barro pintado de bronze que o Tenente Queiroz fizera erigir da Praça Pública, com a efígie de Argemiro de Figueiredo.
Amotinados, com a idéia de vingança, o Coronel Dino, vomitava ódio contra os juazeirenses. Restava a Juazeirinho e seu povo se livrar dos grilhões, procurarem a sua independência política.
O Coronel Dino procurou por todos os meios afastar o Dr. Demétrio da Comarca com o seu prestígio político, removendo o Juiz para outra cidade, mexendo com todos os trunfos para satisfazer as suas vontades e os seus caprichos do quero, mando e posso. Dando com capítulo final de uma novela sem precedentes na história política de Juazeirinho.
Juazeirinho ainda ficou sob o jugo político de Soledade de 1947 a 1958, com os seguintes políticos a frente do comando (PREFEITOS).
De 1947 a 1950 – Prefeito Inácio Claudino da Costa Ramos – Vice Prefeito José Felismino da Costa Nogueira; De 1951 a 1954 – Prefeito Severino Pascoal de Oliveira- Vice Prefeito João Capitulino de Araújo; De l955 a 1958 – Prefeito José Ferreira Ramos – Vice Hélio Nóbrega Zenaide.
No próximo artigo enfatizaremos a EMANCIPAÇÃO POLÍTICA JUAZEIRINHENSE.